*'O amor é
sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com
leviandade, não se ensoberbece....Agora, pois, permanecem a fé, a esperança
e o amor, estes três, mas o maior destes é o amor." I Coríntios 13:4,13*
Nestes meses
junho, julho de 2010, em cidades do nosso país, enchentes
mataram dezenas de pessoas, destruindo casas, cidades, ruas..
Com as mudanças
climáticas estamos assistindo sérios problemas de alterações
na temperatura, ventos e água.
O clima responde
a vários fatores e a natureza se submete a essas respostas.
A natureza se adapta rapidamente, mas o ser humano leva mais tempo e sofre
perdas irreparáveis com essa transformação.
Porém, até
nestes momentos, vemos a oportunidade da expressão da
misericórdia de Deus através daqueles que expressam suas qualidades quanto à
compaixão, generosidade, doação.
Despretensiosamente,
decididamente, generosamente e amorosamente vamos
conhecera a história real de um humilde camponês que também viveu uma
experiência de inundação, sofrimento, angústia, destruição e renúncia.
Na Itália, na
região de Verona, há mais de 100 anos atrás, aconteceu um fato
que marcou a vida daquela comunidade para todo o sempre.
A neve veio
forte demais. Nos Alpes a enorme nevasca trouxe preocupação a
todos, pois quando o sol apareceu, o degelo aconteceu rápido demais e o rio
transbordou. A inundação veio destruindo casas que estavam perto das
margens. As pessoas corriam e gritavam de pavor.
A principal
ponte da região sob o Rio Adige foi violentamente destruída pela
força das violentas águas que desciam dos Alpes. Formou-se uma pequenina
ilha no meio das águas do poderoso rio. Uma simples casinha foi levada e
destruída pelas águas, mas a família estava viva ainda e pedia socorro. As
águas estavam subindo rapidamente e era preciso fazer alguma coisa pela
humilde família.
O Rio Adige é o
segundo maior rio da Itália e tem 112 km de curso navegável
e banha cidades famosas como Merano, Bolzano, Trento e Verona no nordeste da
Itália e proporciona muita energia hidrelétrica.
A correnteza
iria levá-los em
poucos minutos. Eles levantavam os braços e
clamavam por salvação. Mas ninguém tinha coragem para entrar no pequeno bote
e ir até a ilha que se formou. Seria quase uma morte certa. As águas estavam
violentas demais.
Os moradores
olhavam uns para os outros até que o Conde Pulverim, homem
rico - um fidalgo importante da região - ofereceu 50 libras (grande valor
na época) a quem salvasse aquela pobre família, mas mesmo assim ninguém
se
arriscou.
Mas neste
instante estava passando por ali um camponês, de outra região, e
ao ouvir os gritos da família e ouvir o CONDE oferecer tal alto valor, não
pensou duas vezes e saltou para um bote remando vigorosamente, lutando
contra a correnteza, mas determinado a salvar aquela pobre família
que já
havia perdido quase tudo na enchente.
Ao alcançar a
família disse:
- Coragem,
amigos! Deus está conosco.
Disse o camponês
para levantar o ânimo da família que já estava perdendo a
esperança de salvação. Estavam aterrorizados.
E com enorme
esforço o corajoso camponês conseguiu recolhê-los e colocou um
por um no pequeno bote.
Mas a força da
água contrária era terrível e o bote precisava voltar; a
viagem da volta era mais perigosa e difícil que a da ida, porque o
camponês
estava cansado e a embarcação não ofereceria segurança.
Mas com
esforços sobre-humanos e uma determinação extraordinária, bravura e
amor ao próximo, o camponês deu todo o esforço que tinha. Todos gritavam de
alegria dando graças a Deus.
Finalmente ele
conseguiu chegar ao outro lado e desembarcou aquela família,
sã e salva, a multidão irrompeu em aplausos e o rico CONDE aproximou-se, a
fim de lhe entregar o prêmio prometido.
O humilde
camponês surpreende a todos novamente recusando a grande oferta
de 50 libras
e dizendo:
- Senhor Conde,
não foi por causa do dinheiro que arrisquei a minha vida.
Posso trabalhar, graças a Deus, para prover as minhas necessidades e as de
minha mulher e de meus filhos. Dê esse dinheiro a esse senhor e sua família,
pois eles perderam tudo quanto possuíam e assim poderão recomeçar.
Agradeceu ao
Conde, despediu-se da família que em lágrimas agradecia,
abraçava e beijava o salvador.
E assim aquele
humilde camponês, homem desconhecido de todos, com grande
coragem e altruísmo, não só salvou uma família, como lhes proporcionou
meios suficientes para organizar um novo lar.
Quando fazemos
uma boa ação não devemos esperar nada em troca. Não devemos
emprestar dinheiro com usura e nem ajudar alguém com alimentos visando
interesse particular. (Levítico 25:37)
O amor não busca
– nunca – interesses próprios. Diz um ditado que: “O que a
mão direita faz a esquerda não precisa saber.” E outro ditado diz assim: “..
faça o bem sem olhar a quem... ”
A compaixão –
piedade – só é válida se vivenciada com alegria e sem
interesse ou recompensas. Deste mundo ninguém levará nada em termos físicos
ou materiais assim como nada trouxemos quando aqui chegamos. Mas não há
dúvidas de que nós colhemos o que plantamos.
Hoje, talvez bem
pertinho de você, exista alguém que esteja necessitando de
uma palavra amiga, de uma oração, de um afago sincero e verdadeiro.
Pessoas que
estão angustiadas e aflitas neste momento - como aquela família
na ilha que estava sendo inundada - precisam de ajuda e de pessoas
comprometidas com Deus e com a verdade.
O mundo precisa
de pessoas que não amem o dinheiro e o poder, mas que vivam
a compaixão e amor ao próximo como um estilo de vida sabendo que estamos
aqui apenas de passagem e temos esperança e certeza da vida presente e
eterna.
Há cerca de 2
mil anos atrás um homem “pulou nas turbulentas águas da vida”
e não apenas arriscou, mas entregou sua própria vida – numa cruz do monte
calvário - para salvar a todos os que a ELE se achegam com um coração
puro
e fiel e o aceitem como Senhor e Salvador.
Seu mandamento:
“Amar a Deus sob todas as coisas e ao próximo como a si
mesmo.”
Colaboração de
Um Amigo de Deus Nathaniel Martins Brandão
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